Pierre Verguer: 6 curiosidades sobre o artista
Pierre Verger é reconhecido mundialmente por conta de seu trabalho documental, fotojornalístico, acadêmico, antropológico, histórico onde coletou um vasto acervo de imagens ao redor do mundo, além de ter sido um estudioso, etnologista e escritor.
Suas obras e jornada de vida marcaram e continuam deixando suas impressões por gerações. Confira seis curiosidades sobre Pierre Verger para entender um pouco de sua vida e obras.
1. Pierre Verger estudou profundamente a cultura e religião africana
Pierre Verger é um fotógrafo que se encontrou na matriz africana onde se especializou em ritos religiosos, na prática divinatória Ifá onde renasceu na África como Fatumbi, graduação mais alta dos babalaorixás quando esteve em Benim na África.
Estudou as raízes da cultura africana se especializando em antropologia, escreveu livros e estudou etnologia. Terminou um doutorado pela Sorbornne em Paris onde abordou o tráfico de escravos do golfo de Benin até a Bahia.
Pierre Verger - Candomblé Joãozinho da Goméa
Grande parte de seu interesse refletia em suas fotografias, que retratavam a Bahia e África. Se encantou por Salvador onde mudou em 1946, viveu e faleceu aos quase 100 anos de idade. Também se dedicou a pesquisar e estudar a cultura afrobaiana e suas influências na África.
2. Era fluente em iorubá
Sua dedicação era tanta, que além de ter sido adepto do Candomblé, aprendeu a língua iorubá. Inclusive, sua última obra escrita foi um guia medicinal escrito em iorubá reunindo um trabalho que levou décadas de pesquisa.
3. Sua primeira câmera foi uma Rolleiflex
Usava uma Rolleiflex, um clássico da fotografia e ajudou Pierre a captar imagens ao redor do mundo. A máquina é um item visado entre colecionadores e amantes da fotografia, foi a primeira de Verger e a que o ajudou a se profissionalizar.
4. Visitou mais de 60 países
Após uma tragédia familiar, virou repórter fotográfico onde passou por mais 60 países. Foi colaborador dos principais periódicos mundiais onde vendias seus registros.
Verger passou grande parte de sua vida viajando e tirando fotos. Possuía estabilidade financeira proveniente de sua família búlgara burguesa que se estabeleceu na França.
Passava pequenos períodos em Paris onde visitava amigos e familiares, mas logo partia. Contribuiu com um acervo de 62 mil negativos.
5. Morou em Salvador na Bahia
Foi em Salvador que ele se encontrou no mundo, local onde viveu até o fim de seus dias. Apaixonado pela cultura e o modo de vida, criou raízes religiosas e teve uma vida livre e liberta, conforme seus valores e anseios.
6. Livro Jubiabá o fez querer conhecer o Brasil
Leitor ávido, foi por causa do romance de Jorge Amado que se interessou por conhecer a Bahia. Publicado em 1935 tem como personagem principal um babalorixá do Candomblé. Vivia de forma simples em um local com uma vasta coleção de livros, sem luxos e minimalista.